terça-feira, 9 de novembro de 2010

Abrindo na neurose...

Last night i had a dream,
Lord! It made me sick,
Saw you in your bedroom suckin' someone else's dick...

Faço questão de abrir minha participação nesse blog, onde tudo o que é farpa vira opinião, com esse trecho belíssimo da música 'Let's go get stoned' da banda cannabista Sublime! Abordei alguns amigos citando esse trecho e em seguida perguntando 'Quem que namora nunca teve um sonho desses e acordou com o cu na mão?!'... Ok... Quase todos falaram que nunca sonharam com isso, para o meu constragimento. Ah! Foda-se, isso não vai me tirar o direito de dissertar acerca do sentimento mais familiar para alguém como eu, em matéria de relacionamentos... A neurose!
Não que seja do meu feitio ficar espumando, com taquicardia, todas as vezes em que me econtro longe da amada - pensando nas mais excêntricas posições sexuais que ela deve estar fazendo com outro, não... Pudera! Que o destino me poupe de desenvolver minhas neuras a esse ponto! Falo daquela qualidade inerente ao ser humano, responsável por todo o desenvolvimento das civilizações, tecnologias e ciências!

...A curiosidade...!

Sim, ela mesma. Aquela que outrora te dava um puta choque (e susto) quando você sentia a necessidade de enfiar o dedo na tomada quando era criança... Aquela que foi responsável por grande parte de seus atuais complexos ao te impulsionar para dentro do quarto de seus pais no exato momento em que eles praticavam uma enferrujada relação amorosa! Sim! A maldita curiosidade!
...O que ela tem a ver com tudo isso? Ah sim, pelo menos para minha cabeça calejada por pensamentos impublicáveis, a curiosidade é mãe de todas as neuras amorosas. Aquela imagem da traição é insuportável, é horrível, é o pico de todo o sofrimento humano! Mas você não consegue parar de imaginá-la etapa por etapa, se deliciando com a forma a qual aquilo te machuca! Por mais clara que a traição e seus motivos se colocam na sua frente, você sempre vai querer mais, sempre vai querer as entranhas dos sentimentos do parceiro!
...O que se passa pela cabeça do parceiro(a) quando passa aquela modelete ou aquele ator pornô do outro lado da rua? Enquanto você se tortura com a traição subconsciente que seu parceiro(a) faz na sua frente (filha da puuuta!!), espera qualquer comentário acerca do objeto que roubou seu grande amor de você... "Nossa! Ela(e) quase tropeçou do outro lado da rua!" Comenta seu xuxu. É um comentário banal, não quer dizer nada a ouvidos neutros, mas para o namorado(a) neurótico(a)...

(Diálogo interior) "Então quer dizer que ele(a) ficou acompanhando passo a passo a pessoa do outro lado da rua! Olhou tanto que ele(a) tropeçou! Eu sou um(a) otário(a) mesmo! Só sou um passa-tempo, não passo disso, também... quero que se........ (diálogo interior se estende para o resto do dia).

Do outro lado da moeda da neurose humana, alguns espertos dão um jeito de sentir tesão com tudo isso e saírem ganhando na concepção em que o homem fodão perde, cara! Quem me dera algum dia ter a integridade (integridade é foda...) de flagrar minha mulher na parte mais fantástica da traição, me acomodar em algum lugar do quarto (ou da cozinha, quem sabe) e ter a coragem de ficar observando (quiçá oferecendo palavras estimulantes) até o final... E ficar feliz com isso! Dar um tapa na bunda dela e no final falar "Isso aí benzinho! Na próxima sexta, eu quero o Roberto-tromba-forte com você nessa cama (ou fogão, quem sabe), vai ser demais!"

...Não.

Admiro essa coisa que faz algumas pessoas desencanarem totalmente desse lance da fidelidade estar associada à monogamia... Se pensamos nesses caminhos tortuosos (coisas que só conseguimos fazer quando estamos desprovidos de envolvimentos amorosos) chegamos a conclusões sensatas, que privilegiem a liberdade sexual e o caralho... É bom... Apenas quando falamos de "minha namorada", não quando falamos "A Maria, minha namorada". A realidade sempre dá um gostinho especial para aquilo que nossas idéias propõem: às vezes gostinho de brigadeiro, às vezes gostinho de merda!
O que é importante, tanto pra neurose quanto pra idealização excessiva da pessoa amada, é sempre ter controle (mesmo que pouco) sobre o quanto seu cérebro doentio (no caso, se for igual ao meu) quer te sacanear. Traição e outras coisas sugestivas, se você não viu ou não ficou sabendo, não aconteceram! Aproveite momentos de lucidez pra esclarecer coisas que você não pode ver quando está mais enrolado do que carretel, isso aí! Câmbio e desligo!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

the first one

I've been roaming around
Always looking down at all I see
Painted faces, fill the places I can't reach

You know that I could use somebody
You know that I could use somebody

Someone like you, and all you know, and how you speak
Countless lovers under cover of the street

You know that I could use somebody
You know that I could use somebody
Someone like you

Off in the night, while you live it up, I'm off to sleep
Waging wars to shake the poet and the beat
I hope it's gonna make you notice
I hope it's gonna make you notice

Someone like me
Someone like me
Someone like me, somebody

I'm ready, I'm ready
I'm ready, I'm ready

Someone like you, somebody
Someone like you, somebody
Someone like you, somebody

I've been roaming around,
Always looking down at all I see